Você quer trocar um ser humano por uma máquina? – sim ou não?

A sociedade de hoje se define, basicamente, como a sociedade do consumo, do conhecimento e da tecnologia. Nesse cenário mesclado entre imensa  variedade de produtos em geral, fácil acesso à informação, e a tecnologia “agilizando” o nosso dia-a-dia, não podemos esquecer das nossas origens, da nossa espécie – humana. Muito menos do contato e interatividade que os humanos devem ter entre si e que nenhuma máquina, produto ou informação é capaz de substituir. Os Tamagotchis, que são bichos de estimação virtuais, reforçam essa sociedade, que aos poucos, sem perceber, opta por encontros virtuais aos presenciais, ou em ficar muitas horas, em alguns casos dias, jogando videogames como o Playstation, isolada do mundo real.

Crianças que, desde cedo, forem estimuladas a esse tipo de entretenimento/ relacionamento, sofrerão maiores dificuldades em se relacionar com o outro num futuro próximo. Devemos tomar muito cuidado, principalmente com os menores, em não exagerar na interatividade do mundo virtual/irreal na era da tecnologia. Não podemos esquecer que a disponibilidade tecnológica está a serviço do homem e não o contrário. Robôs, imagens em alta definição, livros eletrônicos, entre outros, nunca irão substituir o real, o calor humano, o olho no olho, o verdadeiro pôr–do-sol, nem as páginas dos livros que nos levam para dentro de nós e além de nós mesmos. Talvez a maior armadilha em sermos humanos é a de não acreditarmos que somos, de fato, reais.

Cintia Auilo

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u422123.shtml

Alice não vê mais maravilhas

Infelizmente, como a maioria dos segmentos comerciais que visam (somente) o lucro, as editoras de livros não escapam desse mal. Para elas, o juiz que determina o que é bom ou ruim para lermos é a sociedade. E quem disse que a nossa (culta!) sociedade sabe o que quer ou tem discernimento em julgar o bom do ruim? Se a sociedade atual é medíocre, iremos encontrar, na maior parte das vezes, livros medíocres nas prateleiras das livrarias.

Os livros infantis de hoje reproduzem de maneira muito grosseira os valiosos clássicos ou lançam histórias sem começo nem fim, sem contar as que terminam com lições de moral. Por outro lado, o pequeno leitor, cheio de criatividade, com suas fantasias a todo o vapor, pronto para apreender bons e diferentes modelos, tem de “engolir” os livros que são vendáveis, pois agradam o pagante, os pais, ou as idéias que os editores julgam ser lucrativas. Para eles, não importa que estamos falando de arte, de cultura, de idéias que irão fazer parte da “construção” do indivíduo.

Ler uma boa história enriquece a nossa alma, amplia os nossos horizontes e tem o poder de transformar toda uma sociedade vazia e sem valores em indivíduos mais pensantes e humanos. Opções de leitura de qualidade propiciam para os menores oportunidades de conhecerem a realidade que os circundam ou o mundo fantástico por meio do belo, do inesperado, do intrigante, da alegria, da tristeza, da amizade, das perdas, da magia e de tudo o mais que faz parte da realidade humana – que não tem preço!

Cintia Auilo

http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11534

http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11535

“Errar é humanas”

Mentes brilhantes

Há muito tempo que o serviço público em geral anda doente. Infelizmente, a grande maioria das pessoas que fazem parte do funcionalismo público não tem noção do papel que deveria exercer – exemplos de cidadãos, representantes da sociedade brasileira – afinal de contas, seja a cidade, o estado, o país, o povo são, ou pelo menos deveriam ser aqueles a quem “prestam seus serviços”. Quando se trata de escolas públicas então, a vergonha é generalizada. E esse “câncer” está muito distante de encontrar a sua cura…

Leia mais um vergonhoso exemplo:

http://www1.uol.com.br/vyaestelar/dialogos.htm

Cintia Auilo

Bibliotecas para bebês