A sociedade de hoje se define, basicamente, como a sociedade do consumo, do conhecimento e da tecnologia. Nesse cenário mesclado entre imensa variedade de produtos em geral, fácil acesso à informação, e a tecnologia “agilizando” o nosso dia-a-dia, não podemos esquecer das nossas origens, da nossa espécie – humana. Muito menos do contato e interatividade que os humanos devem ter entre si e que nenhuma máquina, produto ou informação é capaz de substituir. Os Tamagotchis, que são bichos de estimação virtuais, reforçam essa sociedade, que aos poucos, sem perceber, opta por encontros virtuais aos presenciais, ou em ficar muitas horas, em alguns casos dias, jogando videogames como o Playstation, isolada do mundo real.
Crianças que, desde cedo, forem estimuladas a esse tipo de entretenimento/ relacionamento, sofrerão maiores dificuldades em se relacionar com o outro num futuro próximo. Devemos tomar muito cuidado, principalmente com os menores, em não exagerar na interatividade do mundo virtual/irreal na era da tecnologia. Não podemos esquecer que a disponibilidade tecnológica está a serviço do homem e não o contrário. Robôs, imagens em alta definição, livros eletrônicos, entre outros, nunca irão substituir o real, o calor humano, o olho no olho, o verdadeiro pôr–do-sol, nem as páginas dos livros que nos levam para dentro de nós e além de nós mesmos. Talvez a maior armadilha em sermos humanos é a de não acreditarmos que somos, de fato, reais.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u422123.shtml