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Educação à moda

Depois de dois anos sem escrever por causa da gravidez e do nascimento do meu filho, estou de volta, na medida do possível, com meus comentários, reflexões, elogios ou indignações sobre educação.

Não sei porque esse construtivismo “inventado” tomou quase como obrigatório o “método” de ensino na grande maioria das escolas brasileiras.

É claro que o mundo e as pessoas não são mais as mesmas e que as aulas nos dias de hoje não serão conduzidas como antigamente, com palmatórias e autoritarismo, mas o inverso da mesma moeda, onde os alunos que ditam o que fazer, para onde ir, como ir e tudo o mais não é também possível. É necessário sim regras, métodos de organização e formas de ensinar eficazes que não atrasem a vida letrada do aluno, por exemplo, pois se ele não tiver “vocação” para aprender a ler e escrever, ele estará “apto” lá pelo segundo ou terceiro ano. Pressa? Lógico que não, mas respeito ao “novo” perfil de aluno de hoje, que aprende rápido, que assimila conteúdo com facilidade e interesse. Além disso, esse excesso de “o que vocês, alunos, querem fazer” constrói sim crianças tiranas, que mandam em seus pais e que decidem tudo, sem maturidade alguma. O que vemos hoje são crianças e jovens muito mal educados, que desrespeitam seus colegas, professores ou qualquer tipo de autoridade – palavra desconhecida para eles.

Educação não pode ser construída em cima de modismos simplesmente para atrair clientela; as instituições de ensino devem sim assumir seus valores educacionais, éticos e pedagógicos com embasamento teórico e prático, sem medo, sem se venderem por meia dúzia de pais equivocados e culpados por não saberem conduzir a vida de seus filhos.

Infelizmente muita hipocrisia e “ajustes” das “autoridades” em educação tentam justificar/enrolar sua forma de conduzirem as escolas para não afundarem seu negócio. Em nome da tradição do nosso país, tudo acaba mesmo em pizza…

Cintia Auilo