Qual é o verdadeiro propósito de uma escola? Escola para pais ou para alunos? Instalações desapropriadas para as crianças, belas filosofias que estão muito longe da prática diária, mas que enchem os olhos dos pais estão realmente adequadas às necessidades dos alunos? Saibam: escola é para crianças! È um espaço criado que imita a vida, um espaço seguro, confortável, amoroso, que inicia a vida social dos pequenos, que mostra as possibilidades do mundo, que os ensina a pensar, a refletir, a saber escolher o que é melhor para eles, a respeitar o próximo, ao zelo com seus materiais, ao mundo das letras e números entre tantas outras coisas.
As escolas, por outro lado, deveriam defender, ou melhor, acreditar nos seus ideais e saber que isso é algo nobre e louvável. Bancar propostas e atitudes não é tirania, mas sim enfrentar os questionamentos de pais extremamente inseguros e perdidos sobre como conduzir a educação e futuro dos seus filhos; é ter embasamento teórico e prático no momento que surge dúvida e não ficar a todo o momento mudando as regras do jogo no meio da partida, não porque houve uma reflexão sobre a questão e a mudança foi a melhor escolha, mas por causa de reclamações de pais, sem fundamento pedagógico e que, por sua vez, as mantenedoras traem seus ideais por causa de evasão escolar…
“O homem não pode tornar-se um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz.” (KANT, 1996, p. 15). Educar não é simplesmente realizar as intermináveis vontades do seu filho, mas chamar, inúmeras vezes, sua atenção sobre algo que já lhe foi dito, é ensinar-lhe boas maneiras e hábitos, o respeito ao próximo, ou seja, apresentar ao seu filho o mundo dos homens civilizados, cultos – homens de bem, com consciência ecológica e ávido por descobrir o mundo e saber que o universo é o seu limite. “Nascemos humanos, mas isso não basta: temos também que chegar a sê-lo”. (SAVATER, 1998, p. 29).
Quanta beleza que existe no ato de educar e que, infelizmente instituições ditas educacionais se corrompem por algumas moedas. Saibam: a formação do (futuro) homem na escola não se dá por ceder, recuar ou avançar de acordo com as queixas e solicitações dos pais; eles não são a bússola que direciona e aponta os caminhos do educar. Educar é também dar norte e sentindo na vida desses órfãos.